MeMe Gamer: O Que Você Jogou em 2014?

Faaala gamers do Brasil! Chegou o momento de fechar os escritos do ano aqui do Blog MarvoxBrasil com o tradicional MeMe Gamer que chega em sua 4ª edição.

Esta iniciativa começou em 2011 e desde então, sempre no fim do ano temos a participação dos mais diferentes universos dentro da comunidade gamer brasileira, e desde a 1ª edição mais de 40 páginas – blogs e sites – já marcaram presença nesta confraternização em que os seus devidos autores expõem suas fantásticas listas dos jogos que curtiram ao longo do ano.

É muito fácil participar, as listas dos jogos são escritas de forma opinativa demonstrando o que você jogou e curtiu durante o ano, caso o participante tenha canal no Youtube, este também pode participar e montar um vídeo para falar sobre o que jogou. No final, as listas ajudam muito para dar sugestões para que mais pessoas conheçam os jogos indicados e, para aqueles jogos que também possuem modo multiplayer, quem sabe você não acabe juntando-se em uma jogatina cooperativa com alguém que começou a jogar a mesma coisa que você.

Até o dia 8 de janeiro, ainda dá tempo de participar. Confira as edições de 2011, 2012 e 2013 para conhecer mais sobre o MeMe Gamer, a página de eventos com todas as regras está no Facebook, e se não der para participar neste ano, já fiquem preparados para montar sua lista para o final de 2015. E, vamos começar…

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Um ano sensacional com diversos games que me divertiram muito. Os títulos listados abaixo foram finalizados no PC, e conto um pouco sobre cada um deles. Vários deles são multiplataformas e vocês ficam sabendo todos os sistemas em que os títulos abaixo estão disponíveis. Vamos conferir:

001- FarCry 3
Ano de lançamento: 2012. Disponível para: PC, PS3 e Xbox 360.

Far Cry existe desde 2004 quando o jogo era produzido pela mesma empresa do Crysis e a partir de 2006 o jogo foi transferido para as mãos da Ubisoft. A premissa inicial do jogo sempre foi sobrevivência estratégica misturado com algum resgate heroico que no final sempre acaba por dar errado. O primeiro jogo fala sobre um casal que estava passando lua-de-mel numa ilha paradisíaca quando de repente foram atacados por militares que viviam na ilha. O marido é colocado como personagem principal que deve resgatar a esposa, aprendendo do zero a sobreviver na selva.

Far Cry 3 buscou resgatar essa origem, e aqui temos uma nova ilha paradisíaca localizada próximo da Tailândia onde funciona uma espécie de tráfico humano onde piratas se organizam para vender turistas, tudo comandado por um barão e seu famoso capacho chamado Vaas que tocam o terror nos moradores da própria ilha. No enredo temos um grupo de 7 amigos, todos jovens recém saídos do colegial, foram até a Tailândia curtir uma balada. A noite toda regada a bebidas e consumo exagerado de êxtase, até que decidiram saltar na ilha próxima para curtir um pouco mais, claro que não deu certo e a diversão foi transformada em pesadelo, após o grupo inteiro ser capturado pelos piratas da ilha.

Um dos amigos, o Jason, conseguiu escapar e precisará fazer o resgate heroico dos amigos. O jogo tenta fazer uma mescla com o lado obscuro da história de Alice no País das Maravilhas, ao mesmo tempo em que tenta passar uma lição de moral sobre confiança e perseverança. A ilha é aberta demais, o personagem precisará aprender a caçar se quiser sobreviver aos dias e noites da ilha, de um lado temos a exploração com objetos coletáveis em todos os cantos de terra e água, com quests principais que dão andamento para a história e quests secundárias para que o jogador conheça historinhas sobre o passado do local. Pela ação, o jogo pede bastante o uso de táticas furtivas, e para facilitar a viagem existem alguns carros, caminhões quadriciclos e barcos de vários tipos espalhados pela ilha.

Vale a pena dedicar-se em Far Cry 3, porque toda a paisagem e os desafios são bem legais, e mesmo que você nunca tenha jogado algo da franquia, não vai precisar se preocupar porque as histórias não possuem ligação alguma, pode ir de mente fresca que o jogo é bastante trabalhoso e vai consumir bastante suas horas de diversão. Não se importe muito com o estereótipo dos personagens, inimigos e vilões, o que vale a pena mesmo é encarar o ambiente hostil, viajar pela ilha enquanto caça animais de todos os tipos, ainda mais a pantera negra com o arco e flecha e pegar os bandidos na faca, o cenário é dinâmico, o que deixa o jogador livre para explorar o quanto quiser.

O jogo possui modo multiplayer cooperativo e este é muito legal porque existe uma “2ª história” com personagens que é possível encontrar indícios durante o enredo principal, novas cutscenes e uma linha de quase 10 fases para passar com até 4 amigos. O jogo utiliza a plataforma Uplay, da Ubisoft e as conquistas e troféus são desbloqueados pelo próprio Uplay.

Quando você atinge um determinado número de moedas do Uplay ganhas no jogo, consegue desbloquear uma missão extra para o enredo principal. O jogo possui legenda em português, o que facilita para absorver as informações do enredo, histórico de cada personagem e demais outros detalhes em texto.

 

002- SeriousSam3
Ano de lançamento: 2011-2014. Disponível para: PC, MAC, Xbox 360, Linux, PS3.

Serious Sam surgiu em 2001 na ideia de manter viva a linha de personagens badass e jogabilidade oldschool. Mais jogo, menos cutscenes e inimigos aos montes que abarrotam a tela fazendo seu HD fritar até derreter. Esta 3ª versão vem com a sigla “BFE” que quer dizer “Before First Encounter“, ou seja, acontece antes do primeiro jogo e faz o jogador saber como o personagem entrou nessa vida. A volta de Serious Sam neste jogo está fantástica, com todos os inimigos do First Encounter e Second Encounter remodelados e novos chefões para fechar cada parte do enredo.

Tudo se passa no Egito e o mais legal é que enquanto o jogo segue a linha ação e batalhas desenfreadas, também tenta passar diversos conteúdos bem legais da história egípcia a última vez que vi algo tão legal relacionado ao Egito foi em “PowerSlave”. O cenário é todo aberto, mas possui uma linha para seguir, cada ponto avançado aparecem novos inimigos que no começo se dá pela vinda dos inimigos mais fracos até que o jogo começa a misturar a dificuldade beirando o exagero, o que continua sendo legal, e a raiva que surge é tamanha que dá vontade de jogar o teclado ou o controle na parede. Pelas fases, existem diversos objetos para coletar, sem contar as áreas secretas.

O jogo possui modo multiplayer cooperativo para até 16 pessoas ou podem jogar também quatro pessoas com tela dividida (separa aí a TV de 50 polegadas). Se Serious Sam 2 não agradou (e não mesmo), pode ter certeza que este 3º jogo vai limpar sua mente, cheio de confrontos épicos e trilha sonora ao estilo heavy metal para ferver seu sangue e soltar o famoso “nossa que f***”.

 

003- AritanaPenaHarpia
Ano de lançamento: 2014. Disponível para PC.

Aritana é o jogo de plataforma desenvolvido no Brasil, jogo de extremo nível para aqueles que buscam uma dificuldade que remeta aos primeiros jogos da linha Donkey Kong Country. Os jogadores que possuem bastante habilidade com o 3º jogo do Super Nes, vai se apaixonar por Aritana.

O enredo fala sobre um índio que precisa salvar a tribo que passa por um momento de perturbações por espíritos malignos provindos da floresta, e com a ajuda da pena de uma Harpia (ave conhecida como gavião-real encontrada entre o Brasil e América Central) conseguirá salvar toda a tribo.

O cenário se passa todo na Floresta Amazônica, e durante as fases o índio carrega um cajado mágico que absorve novos poderes ao coletar uma peça geométrica, essa magia do cajado ajuda o índio a desvencilhar golpes novos contra os inimigos, assim como finalizar com combos que possuem ataques baseados nos animais da floresta, por exemplo, existe o combo da onça e ao realizar essa finalização ouve-se o rugido da onça, tem vários combos que podem ser aprendidos e tudo é importante para conseguir atravessar os desafios das fases, não tem como deixar de aprender alguma técnica porque mais adiante no jogo será preciso utilizá-la de qualquer jeito.

Durante a fase existem vários itens para coletar como guaranás que a cada 100 garante uma vida. Aritana não é um jogo cansativo, é possível jogar durante uma tarde inteira e ainda conseguir terminar no mesmo dia. Vai dizer, quanto tempo você que trabalha e estuda, não faz isso?

Conheça mais e acesse a Edição 97 com a análise de Aritana e a Pena da Harpia.

 

004- DeadSpace2
Ano de lançamento: 2011. Disponível para: PC, PS3, Xbox 360.

Dead Space é um jogo complicado, porque para seguir todos os passos da franquia nem todos os jogos estão disponíveis em um console ou sistema só, por exemplo, Dead Space: Extraction que conta acontecimentos antes do primeiro jogo, só tem para o Wii. Fora as histórias em quadrinhos que contam coisas que acabam por não entrar no jogo.

O personagem principal é Isaac Clark que trabalha na base espacial chamada Ishimura. Os cientistas da base espacial descobriram um monolito sagrado e isso começou a mexer com a mente de todo mundo, transformando eles nos Necromorphs. O mais interessante do jogo é que não adianta apenas atirar contra os inimigos, é preciso desmembrar e pisotear essas criaturas senão elas revivem. É como lutar contra um exército de baratas mutantes. Mas para o jogador que não liga muito para o enredo, então poderá se divertir muito se entrar no jogo visando curtir todo o desafio de terror e pânico ao voltar para Ishimura.

O visual do jogo está impecável, uma vez que Dead Space 2 utiliza um motor-gráfico próprio, é um jogo com 100% de participação do jogador em todo o desafio, quase nada de custcenes. Uma coisa interessante é que por mais que Dead Space tenha todo um clima de terror, é fácil demais acostumar-se com o jeitão das criaturas e a preocupação maior é evitar que o personagem tome danos porque cada criatura ataca de uma forma diferente, inclusive o Necromorph que carrega explosivos em uma das mãos, esse sim é perigoso.

Pelo jogo se passar em uma base espacial, temos também momentos de gravidade zero em que não dá para ouvir nada, fica aquele silêncio espacial que faz a atenção ficar maior para saber de onde vem os inimigos.

O que eu achei meio desnecessário é que o jogo possui um lance de micro transação para desbloquear objetos, mas isso não interfere em nada para o progresso do jogo até o final, tem muita coisa que você consegue sozinho desbloquear e utilizar durante o desafio.

Uma das partes que achei mais curiosa é a área do berçário com Necromorphs-bebês. Eles começam a pular e atacar como se quisessem “andar de cavalinho” nas costas do personagem, é um problema porque aparecem vários deles ao mesmo tempo. Sem contar no aparecimento em vários momentos da personagem Nicole e as luzes que saem dos olhos e boca. Os movimentos do personagem estão bem mais suaves que no primeiro, bem mais ágil conseguir correr e fugir, sem contar que como o jogo possui visão em terceira pessoa, a câmera não atrapalha em nada.

 

005- MaxPayne3
Ano de lançamento: 2012-2013. Disponível para: PS3, Xbox 360, PC, MAC.

Max Payne existe desde 2001 e o enredo dos dois primeiros jogos acontecia sempre em Nova York, a história de Max Payne é um drama policial cheio de traições, culpa e muita ação. Esta 3ª versão acontece muitos anos depois do primeiro jogo, e mesmo depois de tanto tempo, o “policial que não tem nada a perder” continua culpando-se pela morte de sua mulher e filha. Só que tudo agora acontece no Brasil. Max Payne vem para São Paulo e alguma cidade do interior para trabalhar como segurança particular. E temos uma história de “o americano que aprende como é o jeitinho brasileiro da corrupção”.

Todos os personagens secundários do enredo falam português, bem legal as dublagens e vemos o protagonista tentando aprender em alguns momentos a falar o nosso idioma. Só que o que sempre acontece é que o americano pensa que as regras e convivência de Nova York, aplica-se em território brasileiro, e não é bem assim. Max se vê em meio a um enorme confronto entre barões e empresários e polícia, em algo que para quem já assistiu “Assalto ao Banco Central”, fica fácil entender as tramoias expostas no jogo.

Para quem jogou os dois primeiros que eram produções da Remedy, lembra que a ação do jogo não terminava até o final, quase não tínhamos cutscenes e os diálogos (em formato de história em quadrinhos) eram bem elaborados com frases de efeito como “é o medo que dá asa aos homens” que faziam do jogo ser um filme só que ao invés de assistir mais e jogar menos, o jogador participava 100% da ação.

Aqui em Max Payne 3 ficou claro que a Rockstar tomou o maior cuidado para manter essa linha de jogo fora diversos detalhes nostálgicos para dizer àqueles que acompanham Max Payne: “fique tranquilo que não esquecemos de você”. Durante a trajetória do enredo, Max Payne atravessa momentos atuais e antigos, as famosas lembranças do passado trágico, e um desses momentos, Max está no cemitério e existem lápides com o nome de personagens dos antigos jogos. E para quem curtia as tirinhas do “Menino Taco de Beisebol”, ele está lá também desta vez como um desenho animado na TV.

Mas melhor que detalhes antigos, a jogabilidade está bem leve, com bullet-time fácil de ser ativado e a mira do jogo continua boa para desvencilhar tiros certeiros contra os bandidos. Vale mencionar que a técnica de mira deste jogo foi reutilizada no Grand Theft Auto 5. O enredo dura bastante, o jogo é longo mas não cansa, o jogador consegue perder-se por horas até saber onde tudo isso vai terminar.

 

006- LANoire
Ano de lançamento: 2011. Disponível para: PS3, Xbox 360, PC.

Para quem jogou The Godfather ou Mafia e procura sentir como é o lado policial da história, onde tudo acontece na cidade de Los Angeles em plena década de 40-50 e faz uma mistura entre o “jogo de tabuleiro Detetive” e o antigo “Where in the World is Carmen Sandiego”. L.A Noire é um jogo de época, onde temos a cidade de Los Angeles retratada no jogo como talvez foi, antigamente.

No controle temos o personagem Colin Phelps, que começa sua carreira policial e faz o jogador passar por vários cargos e ter vários parceiros, dentro do departamento de polícia. O policial começa com crimes pequenos como “alguém roubou uma galinha” até chegar em cargos maiores desvendando homicídios e atentados. E aí vemos um policial que quer andar na linha em meio a uma certa dose de conspiração no departamento e delegados que às vezes tentam dizer “deixa pra lá que isso não precisa ser resolvido”.

É interessante o emaranhado de situações que o personagem passa, muitas vezes até se perguntando “qual o intuito de ser policial se não for ajudar as pessoas?”

Diferente de sair correndo e partir direto para a ação, os crimes acontecem em 3 partes.. investigação, interrogatório, e por fim, a ida atrás do criminoso para dar voz de prisão sempre com perseguições e tiroteios, talvez a parte mais legal. Não é um jogo tão linear, a investigação pode levar o jogador a descobrir quem matou ou roubou de forma rápida ou pode fazer o jogador ir e voltar à “cena do crime” várias vezes (essa é a parte repetitiva do jogo) para encontrar pistas que não tinha percebido antes.

Na parte do interrogatório está o núcleo da criação de L.A Noire, por meio de perguntas e respostas o jogador precisa matar a charada através da expressão facial do suspeito e perceber se está mentindo ou falando a verdade, o desafio aumenta quando existe mais de um suspeito com claras evidências de culpa e o jogador precisa decidir quem é que vai para a prisão e quem fica livre, é sempre nessa linha da tentativa e erro, afinal ninguém tem bola de cristal.

A adrenalina maior fica na parte da ação onde ocorrem as perseguições, diferente do que vimos em The Godfather e Mafia com carros da época que parecem arrastar-se, aqui os carros são rápidos mesmo sendo um jogo de época tudo era mais lento e de forma a talvez não deixar o jogador ficar entediado, a maioria dos carros não passavam dos 60km naquela época, o controle dos carros em L.A Noire é como controlar os carros de GTA. E no final de cada investigação dá para sentir aquele ar de dever cumprido.

Os casos possuem um grau muito explícito, por exemplo, num estágio mais avançado do jogo temos que descobrir o motivo de uma família ter sido queimada e ao entrar na casa, temos o corpo carbonizado delas e tinha criança no meio. O que achei desnecessário é que se você morre muito durante certos momentos de ação (não de perseguição), o jogo mesmo chega e diz “quer pular essa cena?” Você aperta e reaparece após a ação que o jogador deveria aprender a passar.

Acredito que o jogador que goste de sentir-se desafiado, possa até ficar com raiva porque o jogo se oferece para vencer por você, mas aí é só negar o pedido do jogo. Mas tirando isso de lado, tem uma opção em que é possível deixar o jogo todo em preto e branco, e fica legal descolorir o jogo para aumentar o clima da época.

Para quem for ainda comprar ele para conhecer mais, pegue a versão L.A Noire: The Complete Edition que possuem crimes que não existem no enredo original, isso é legal por gerar mais horas de jogo e passar por desafios que entram no meio do enredo principal e faz o jogador conhecer mais localidades da cidade do jogo e conhecer um pouco mais a história de vida do policial Phelps.

 

007- TombRaider
Ano de lançamento: 2013-2014. Disponível para: PC, PS3, Xbox 360, MAC, PS4, Xbox One.

Tomb Raider existe desde 1996 e nestes 17 anos de existência, tanto a franquia quanto a própria Lara Croft, passou por tantas modificações que não é difícil enxergar um mero desgaste, por sorte Tomb Raider começou a resgatar um clima fresco dado pela Crystal Dynamics desde 2006, demorou 7 anos para finalmente chegar em Tomb Raider 2013, que traz uma Lara Croft rejuvenescida, com outra cabeça, bem menos “Indiana Jones” e mais voltada para uma identidade própria e jeito humano.

É uma releitura, a personagem se machuca demais e chega a dar dó de tanto sofrimento que ela passa, sempre naquele ar de “eu vou conseguir”. Tudo no sentido de ultrapassar os limites que aos poucos tentam construir a nova personalidade da garota enquanto o próprio jogador morde a língua para dominar as habilidades da exploradora. É um jogo de aventura misturado com plataforma que se você errar o pulo, cairá num abismo, despencará na água ou pode trucidar-se em espetos.

O jogo é longo e o jogador junto com a Lara Croft aprende novas habilidades, como escalar uma parede de pedra ao utilizar um martelinho de alpinista e conforme a Lara fica mais esperta, fica fácil encontrar os vários e vários objetos coletáveis que existem pelo cenário. O mais legal é saquear as tumbas sagradas com diversos puzzles para conseguir alcançar lugares que estão no alto ou passagens que estão barradas.

Não é difícil fazer 100% neste jogo de tão flexível e livre que ele é, e por mais longo que ele seja, tudo passa tão rápido que o jogador nem percebe, é bom quando o enredo não é maçante ao ponto de dizer “beleza por hoje”, você vai seguindo sem parar.

O lado arqueólogo de Lara Croft está muito ativo e todos os objetos coletados, ainda mais os sagrados encontrados em tumbas, podem ser visualizados com maiores detalhes para encontrar algo a mais e isso gera pontos para o próprio jogador. O legal é que os textos com informações do que a Lara Croft encontra pelo caminho assim como as legendas podem ser lidos em português.

Se a Crystal Dynamics continuar acreditando no que fez neste jogo e mantiver para o próximo Rise of the Tomb Raider, acredito que será tão divertido quanto este foi.

 

008- IAmAlive
Ano de lançamento: 2012. Disponível para: Xbox Live Arcade, PlayStation Network, PC.

Este jogo é um daqueles títulos que passa despercebido mas ao pegar para jogar vem a pergunta “por que não joguei antes?” Incrível que este jogo é feito somente pela Ubisoft Shanghai sem intervenção dos demais estúdios da Ubisoft.

O jogo é uma aventura tática de sobrevivência após um evento maluco que devastou grande parte da cidade, todo mundo ficou ferido, casas e prédios ficaram destruídas e o personagem principal (Carlo Mestroni) controlado com visão em terceira pessoa precisa perambular pela cidade fictícia em busca do paradeiro esposa. Ele grava tudo em câmera, mas isso só aparece em cutscenes, durante o gameplay a preocupação mesmo é em atravessar a cidade que por todos os lados temos pessoas que precisam de ajuda e baderneiros que querem causar. O personagem faz uma espécie de “Choplifter terrestre” e o jogo ganha o atributo do trabalho humanitário.

O visual da cidade é interessante devido aos diversos detalhes do desastre, com pontes destruídas, carros amassados, ao mesmo tempo em que é complicado, porque para convencer o jogador e dar aquele ar de destruição, a imagem é toda cheia de poeira que vaga o tempo todo pelo ar, então o visual é meio acinzentado. Isso se torna preocupante porque para tudo que o personagem faz relacionado ao esforço, seja pendurar-se em algo para alcançar lugares altos ou pular, chega a consumir o fôlego.

A mesma barra de fôlego é também a barra de energia, então para recuperar o fôlego precisa beber água ou alimentar-se de comidas enlatadas para recuperar o sangue, os objetos pelo cenário são escassos e pela poeira às vezes fica difícil enxergar as garrafas de água, mesmo que elas estejam com um brilho que vem debaixo pra cima. Tirando esses detalhes que aos poucos o jogador acaba se acostumando e domina a habilidade, o jogo torna-se mais compreensível e muito divertido.

Como é um jogo em que todo mundo está abalado com a destruição, a desconfiança reina soberana o tempo todo, ao passar pelas pessoas se você estiver com a arma em punho, uma pessoa pode apontar a arma e dizer “saia daqui ou eu atiro em você”.

Em outros momentos o personagem acaba por encarar grupos de revoltados que não quer saber se você está lá para ajudar e estes podem vir para cima com o intuito de ferir o personagem e roubar os itens. O jogo é rápido mas consome muitas horas porque é muito fácil morrer, e neste não tem checkpoints espalhados em todos os cantos mas é dividido em várias partes, as vidas são “fitas da câmera” que o personagem carrega e se morrer começa do início da parte em que começou.

Mas isso nem é problema porque existe um mapa que indica de forma meio linear onde está o próximo ponto que avança a história sempre amarrado ao objetivo principal, mas o que o mapa não mostra são os perigos que existe no meio do caminho, e o jogador se quiser pode aventurar-se e fugir um pouco do trajeto para explorar algumas localidades e pode até ter a sorte de encontrar objetos não encontrados facilmente ao fazer tudo de forma alinhada.

Vale a pena também ajudar os sobreviventes, cada um deles possuem uma pequena quest como, por exemplo, um casal de idosos simpáticos que são encontrados no topo de um dos prédios, cansados e desacreditados que sairão vivos pede para o personagem buscar uma garrafa de vinho, como um apelo para o último momento em que estarão juntos. Os pedidos dos sobreviventes são diversos, mas para cada sobrevivente existe apenas um pedido que ao resolver, garantem conquistas desbloqueadas pelo próprio jogo.

009- Whistleblower
Ano de lançamento: 2013-2014. Disponível para: PC, PS4, Xbox One.

Outlast é um jogo que não sai mais da minha cabeça, fazia muito tempo que não sentia tanta diversão em um jogo de categoria survival horror.

No ano passado joguei a história principal e agora em 2014 foi a vez da DLC que faz o jogador voltar a Mansão Mount Massive para atravessar o enredo e entender o que aconteceu antes da vinda do jornalista Miles Upshur da primeira história.

Nesta DLC controlamos um engenheiro de software chamado Waylon Park, por isso o nome Whistleblower, porque o protagonista é o “dedo-duro” que revela o tipo de experiência que ocorre no interior da mansão ao enviar e-mails para várias pessoas.

A dificuldade desta DLC está até maior, os inimigos parecem estar bem mais espertos e a jogabilidade continua no mesmo esquema, stealth+parkour, com o jogador tomando cuidado para não ser identificado enquanto corre, pula, agarra, e esgueira-se pelos corredores mais escuros do que iluminados para tentar sair do casarão do terror.

Para quem já está acostumado com o primeiro enredo, não tomará tanto susto ou ficará muito surpreendido com a trama da DLC, a surpresa é mais pelos novos personagens postos para impedir seu progresso durante o jogo.

Outlast é interessante porque a ação começa a partir do momento em que o jogo começa, é tudo direto ao ponto sem qualquer tipo de interrupção com cutscenes que só aparecem no começo e no fim do jogo. A tela é limpa sem a existência de marcadores de energia, e só aparecem informações ao ligar a câmera que aí sim, aparecem o marcador de bateria e tempo de gravação.

Mesmo que Outlast tenha alguns furos no enredo, a diversão se dá mais por conta do desafio e o sufoco para passar das partes e isso mexe com o emocional beirando o riso e o nervosismo com o que vemos pelo jogo do que o desenrolar do enredo. Talvez as anotações e os textos são mais legais de ler do que entender o passado e presente da mansão.

Todos os textos e legenda possuem opção para o português, então vale a pena porque dá para ter uma noção clara de tudo o que se passa.

Conheça mais e acesse a Edição 102 com a análise de Outlast e a DLC Whistleblower.

 

010- Betrayer
Ano de lançamento: 2014. Disponível para: PC.

A última vez que joguei algo com visual monocromático foi MadWorld no Wii isso em 2012, até que comecei a ver Betrayer desde junho deste ano. Aqui os criadores usam uma espécie de visual monocromático com foto realismo, temos a visão em primeira pessoa, mas o jogo ele é voltado para o estilo detetive oculto em meio a uma época de colonizadores.

É um jogo de mundo aberto e por ser de época muito antiga, é curioso ver os equipamentos que o personagem principal utiliza e a realidade inserida, por exemplo, ao dar tiros com o trabucão, no reload temos o personagem que coloca a pólvora e faz todo o procedimento para recarregar a arma, claro que isso pode ficar mais rápido com o ganho de novas habilidades, o melhor mesmo é usar o arco e flecha porque assim dá para pegar os inimigos furtivamente.

Na maior parte do desafio mesmo carregando armas que são no máximo 4, é possível nem dar muita bola para os revólveres e baionetas e investir mesmo no modo Robin Hood. É um jogo que não tem abusos de cutscenes, a única que existe mesmo está no final. Isso é bom porque começa de uma vez, e aos poucos conforme o enredo avança tudo é absorvido pela mente do jogador, ou seja, você pode entender muito ou pode não entender nada o que desperta até uma vontade de jogar novamente.

Durante o jogo não existe música, apenas som ambiente, o que vale a pena separar os fones de ouvido/headset porque não tem como evitar o mergulho na trama.

Mas o que o jogo tem de exploração ou investigação, Betrayer consegue esconder um lado medonho e curioso. Existe um mapa dividido em 7 vilarejos, cada vila possui suas próprias construções da época e alguns possuem Fortes que servem como zona central da região. No primeiro momento ao chegar em cada vila, precisamos caminhar pela planície, que de segundos em segundos o horizonte é cortado por uma ventania que mexe com toda a folhagem do cenário.

Com o uso do headset é preciso ficar atento com sussurros e seguir na direção dos barulhos para encontrar pistas e objetos escondidos, sabe aquela história de “se você ouvir seu nome do nada é melhor não ir ver o que é” pois é, esse jogo ele faz justamente o contrário, você deve ir na direção do sussurro, mexendo com sua audição de forma que seus ouvidos sejam transformados em bússolas, uma experiência muito doida. Em cada vilarejo existe um sino que está sempre jogado em algum canto que você precisa pegar e recolocar no ponto próprio que o jogo indica. Daí você fala “ok, e daí?” Agora, aparece a opção “bata o sino”. Após o toque do sino, todo o cenário é convertido, o céu “azul” vira escuridão e o mundo dos vivos vira mundo dos mortos.

É isso que Betrayer faz, um detetive investigativo que precisa descobrir o que aconteceu na região toda dos 7 vilarejos com pistas em que ao mesmo tempo que obriga a explorar o mundo dos vivos também obriga o jogador a explorar o mundo dos mortos para descobrir as respostas com os espíritos das pessoas que foram assassinadas, e o motivo de tanto mistério é tudo com situações que remetem a tabus da época “pessoas que tinham pensamentos que não batiam com o costume local e eram arremessados em fogueiras”, “homens que desmereciam os filhos por querer seguir caminhos diferentes dos escolhidos pela família”, pessoas que morriam apedrejados por serem a vergonha do vilarejo e fora o crime principal que reina pelo enredo e que você só descobre no fim do jogo.

Por mais que seja mundo aberto, a parte de exploração é até que rápida, porque os vilarejos possuem de 3 a 4 pontos que viram checkpoint e você consegue fazer aquele “fast travel” para não ficar andando até cansar. O mais legal fica por conta da realidade ambiente, onde você no alto da planície pode ser facilmente visto pelos inimigos que estão bem longe, eles percebem a sua presença e os inimigos que aparecem no mundo dos vivos não aparecem no mundo da escuridão.

Para aumentar o grau de realidade, nas configurações existe uma opção que ao ser ativada, durante o gameplay, se você morrer perde todos os objetos coletados, dinheiro, munições e o que for, isso chega a aumentar o desafio para conseguir coletar tudo de novo.

 

011- Year Walk
Ano de lançamento: 2013-2014. Disponível para: iOS, Mac, PC.

Folclore é algo bastante curioso e cada país tem suas histórias, em Year Walk temos relatos existentes no folclore da Suécia onde na história deles “um homem refaz todos os caminhos que percorreu durante o ano em busca de respostas para os erros que cometeu e tenta consertar esses erros para digamos assim, que o próximo ano seja melhor”.

O jogo é um point n click com visão em primeira pessoa e cheio de puzzles dos mais diversos como: sequência de sons, seguir a direção de um som dentro de um labirinto com diversos caminhos e girar objetos na ordem certa. Em cada puzzle existe uma figura folclórica por detrás, que pedem ajuda ao jogador na solução dos quebra-cabeças Essas figuras da fantasia, assim como Saci-Pererê e outros da cultura brasileira tem seu lado bom e também tem seu lado ruim e o mesmo se aplica com as figuras fantasiosas que aparecem no jogo.

O curioso é que tudo parece aqueles livros com figuras que se mexem e uma trilha-sonora estilo caixinha de música, que gruda na cabeça.

É possível terminar ele em 2 horas e ainda existem conquistas que pedem para terminar o jogo em 30 minutos, outra conquista pede para o jogador terminar Yeak Walk na virada do ano e outras que são desbloqueadas durante a solução dos puzzles.

Ele possui também alguns elementos que chegam a dar sustos na primeira vez que joga, com figuras que avançam na tela, mas nada muito preocupante, é bem divertido. Os comandos são muito simples, tudo feito na base do “WASD” e cliques do mouse. Existe uma enciclopédia que conta com detalhes sobre cada figura folclórica encontrada durante o gameplay.

Uma das histórias fala sobre crianças que foram abandonadas na neve por mães que não quiseram assumir o nascimento, essas crianças morreram de frio e os espíritos delas perambulam pela floresta. O interessante é que a solução dos puzzles são fáceis de decorar o que traz a vontade de bater os desafios e liberar as conquistas propostas pelo jogo.

 

012- WolfensteinTNO
Ano do lançamento: 2014. Disponível para: PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One.

Wolfenstein existe desde 1992, uma franquia que ao longo dos anos acabou por passar por várias mãos e perdeu-se. Assim como o personagem de Doom sempre é o fuzileiro de cabelo castanho, em Wolfenstein o personagem chama B.J Blaskowicz. Finalmente o mesmo personagem do velho Wolf-3D está de volta, até que enfim, demorou tantos anos para isso acontecer que era fácil achar que nunca mais mexeriam com esse protagonista.

The New Order coloca o jogador numa guerra fora do contexto padrão, onde o governo de Hitler conseguiu vencer a 2ª guerra mundial e fez os americanos baixarem as armas. A história começa em 1946 e termina em 1960, o jogo é longo e o melhor, possui dois lados da história que não afeta o enredo mas muda um pouco a tática para atravessar as fases.

Por exemplo, o lado A existe a presença do amigo Fergus e com isso o protagonista aprende a hackear sistemas eletrônicos, o lado B existe a presença do amigo Wyatt que ensina como arrombar fechaduras. Durante as fases existem uma enxurrada de objetos para coletar além de documentos secretos e tesouros do Hitler, fora o Easter Egg que leva o jogador de volta para a primeira fase do Wolf-3D.

O enredo faz o jogador conhecer diversos personagens carismáticos e todos eles possuem um brilho nos olhos como se possuíssem uma alma própria. Mesmo sendo um jogo cuja a categoria primária é o shooter em primeira pessoa, as fases incentivam o jogador a optar por uma ação mais stealth, com vários caminhos para chegar até o objetivo principal, esses caminhos podem ser através de um duto de ventilação no teto ou chão, como podem ser por uma porta eletrônica ou arrombar a fechadura.

Mas nada impede de tomar partido de uma jogabilidade mais oldschool e entrar na fase querendo destruir tudo, em nenhum momento o jogo pune o jogador que resolve chamar a atenção de todos enquanto os alarmes soam pela fase, simplesmente esse jogador terá um desafio mais ágil já que todos os soldados acabam por vir para cima do personagem.

O mais legal é que o desafio é bastante diversificado, o jogo já começa no ar à bordo de um avião da 2ª guerra, outro momento o jogador estará debaixo da água, em outro poderá dirigir um carro para fugir (uma pena que é por pouco tempo), estará em uma prisão da Polônia, e até na Lua. Não vou comentar muito sobre isso porque a sensação depende de cada um, mas se eles conseguiram projetar uma Lua daquele jeito, eu fico imaginando o planeta Marte que vão projetar no novo DOOM, e aí você consegue entender, mais ou menos, até onde foi a minha satisfação.

É um jogo pensado exclusivamente no modo single player, quem jogou Rage vai se familiarizar muito com diversos detalhes e pelo pouco espaço de tempo, Rage é de 2011, para chegar em Wolfenstein foram só 3 anos, e conseguiram trazer finalmente uma releitura do Wolfenstein 3D, sem contar que os vilões, generais, soldados e demais outros inimigos, inclusive os cães estão muito marcantes.

Como o jogo reutiliza o mesmo motor gráfico que deu origem ao Rage, o famoso IdTech 5, é fácil pensar “aposto que o jogo é cheio dos bugs de texturas e glitches como foi o Rage logo que lançou” hoje em dia ao instalar Rage não é mais assim e neste novo Wolfenstein não há com que se preocupar.

 

013- Gone Home
Ano de lançamento: 2013-2015*. Disponível para PC, Mac, Linux. *em 2015 chega no Wii U.

Este também é um point n click com visão em primeira pessoa, só que aqui temos um clima mais tangível, menos folclórico e no controle temos uma jovem chamada Kate. A personagem acabou de chegar de viagem que fez pela Europa e na expectativa de rever os pais e irmã, acaba por encontrar a casa vazia onde acontece todo o enredo do jogo.

O desafio é encontrar pistas sobre o paradeiro da família enquanto por cada passo e em cada cômodo capaz de ser explorado, surgem nostalgias de uma época que não volta mais, e Gone Home consegue fazer o transporte do jogador de volta para o ano de 1995.

É um jogo com um tema bastante dramático sobre intervenções sociais, jogabilidade lenta ao mesmo tempo que, procura fazer a mente trabalhar sossegadamente nos diversos puzzles que aparecem pelo interior da casa.

Podemos dizer que o jogador faz o papel da “mosquinha” que entrou para bisbilhotar tudo quanto é canto do lugar em uma típica casa do subúrbio americano, vale a pena explorar tudo.

O cenário é todo interativo, a casa é rica em detalhes por todos os cômodos, por exemplo, em um dos quartos é possível encontrar fitas K-7 e colocá-las para tocar em um mini system enquanto vê no mesmo quarto um cartaz sobre um show com bandas como GreenDay e que provavelmente a protagonista foi um ano antes dos acontecimentos do jogo.

Podemos encontrar também cartuchos de videogame espalhados e estes remetem ao Super Nintendo, console que para a época ainda estava muito fresco. Nas estantes, fitas VHS com filmes que hoje em dia são exibidos em sessões da tarde pela TV aberta ou a cabo.

Este jogo serve bastante para aqueles momentos em que você quer algo mais para curtir e relaxar sem deixar de lado um bom nível de desafio mas que tira de cena a necessidade de cumprir objetivos para ganhar mais pontos, já que o desafio faz dele um point n click livre onde cada jogador com certeza segue uma linha diferente de exploração.

Por exemplo, tudo começa na porta da frente da casa, até aí é igual para todo mundo, mas uma vez dentro da casa, um jogador pode começar pela cozinha enquanto outro segue para o andar superior, e com isso a trajetória do conteúdo que é apresentado pelo jogo pode variar de jogador para jogador.

Conheça mais e acesse a Edição 101 com a análise de Gone Home.

 

014- Zombie Driver
Ano de lançamento: 2009. Disponível para: PC, PS3, Xbox 360, Android, Ouya, Xbox One.

Zombie Driver é um daqueles jogos que em toda a promoção o preço dele cai exageradamente chegando a custar de 1 a 3 reais e que leva sua diversão a preços impagáveis. Aqui o enredo é o que menos importa até porque o próprio título dá mais que na cara que tudo se passa em um apocalipse zumbi. O estilo dele é voltado ao resgate de sobreviventes pela cidade enquanto utiliza vários veículos para abrir caminhos no meio dos zumbis bastante inspirados nos que existem no Left 4 Dead, da Valve.

Quando o jogo começa é possível usar apenas o táxi, mas conforme o jogador completa o objetivo principal e aproveita a oportunidade para cumprir os objetivos secundários conseguirá destravar novos armamentos para instalar no carro, além de veículos novos.

Pelo cenário no começo o número de pessoas para resgatar é pequeno, mas em fases mais avançadas chega o momento de salvar 16 pessoas pela cidade, e com isso neste ponto provavelmente o jogador já tenha desbloqueado o ônibus, senão caso esteja com um veículo com capacidade para 4 pessoas, terá que fazer o esquema de leva e traz até conseguir resgatar todo mundo.

No controle do ônibus vale a pena fazer uma mistura de Velocidade Máxima com Madrugada dos Mortos e atropelar todos os zumbis que estão pelo caminho. Realmente o jogo é bastante divertido, com pontuações para bater e isso fica exibido num placar geral para competições contra pessoas da sua lista de contatos que também tenham o jogo. Depois de terminar o modo normal, ainda existem outros desafios para saciar a sua sede de pontuações.

Os comandos são bem fáceis, tanto no teclado quanto no controle, e nas configurações existe a opção para deixar a câmera estática ou livre sem que você se preocupe em virar a câmera o tempo todo para seguir viagem, o mapa consegue explicar bem a localização dos pontos de resgate, cada missão tem um tempo variado, algo de 10 minutos, e aos poucos aumenta pela quantidade de objetivos pedidos pelas fases.

É difícil ficar 1 hora na fase, porque é tudo muito rápido, vá ao ponto B pegue tantos sobreviventes e volte para o ponto A para entregar os sobreviventes sãos e salvos. Pronto, fase concluída, próxima fase.

Na parte da mecânica dos carros é onde o jogador consegue gastar o dinheiro ganho pelos resgates para comprar e instalar novas armas, proteção e aumentar a velocidade que o veículo consegue atingir, o jeito como tudo é organizado para escolher as peças chega a ser tão didático quanto também consegue relembrar a mecânica dos carros encontrado no jogo Rock n Roll Racing.

 

015- Shadow Warrior(2013)
Ano de lançamento: 2013-2014. Disponível para: PC, PS4, Xbox One.

Remakes, reboots e continuações são trabalhos que conseguem gerar muito receio diante dos gamers, ainda mais quando mexem com personagens/franquias antigos que já tinham uma identidade própria, e espera-se que volte com algo inovador e no fim não sai nada como deveria ser, no caso Duke Nukem Forever. Apesar de Shadow Warrior ser uma criação da mesma empresa de Duke Nukem (3D Realms), este sim é uma bela homenagem ao ninja maroto.

Desta vez, sem 2K no meio da história, sem repescagem de criação guardada na gaveta ou gráficos datados. Se lá em 1997, Lo Wang chegou meio tímido nos PCs e mesmo assim foi um dos primeiros jogos ao lado de Blood que trouxe a função secundária das armas e até função terciária (quem lembra da bomba atômica?), nesta versão de 2013 os criadores conseguiram mostrar que é possível sim continuar a dar vida aos personagens considerados antigos.

Esta versão, pode ser um prequel ao jogo de 1997, como também uma releitura completa com indícios do primeiro jogo mas sem querer banhar o jogador com nostalgias. Tem muita empresa que faz isso, ao resgatar uma franquia antiga chega a exagerar no limite das lembranças.

E o contexto de Shadow Warrior conta sobre mitologia asiática na era moderna com dinastias, deuses da guerra e titãs que guardam os caminhos entre o mundo dos vivos e dos mortos, e temos o tradicional vilão Zilla que resolve apoderar-se de uma espada sagrada e dominar as criaturas provindas de um universo chamado Shadow Realms.

A parte mais interessante é que mesmo com todo o arsenal carregado por Lo Wang, o jogo deixa livre a oportunidade de usar mais a katana para eliminar os inimigos e isso não chega a ser desleal a ponto do jogador sair para cima do inimigo e morrer só porque não está com uma arma de fogo. Shadow Warrior é um jogo de ninjas em clima oriental e se não houver um uso balanceado da espada para lutas limpas sem armas de fogo, não tem lá muita graça.

O desafio chega a ser mais interessante durante as batalha contra os chefões e estes são gigantescos, onde é preciso abrir oportunidades para aparecer o ponto vital e assim conseguir atacar até que a barra de energia do vilão acabe e leve o jogador a vitória. E

ste jogo foi desenvolvido pela mesma empresa do Serious Sam 3: BFE, Hard Reset e Hotline Miami, de vez em quando é fácil encontrar máquinas de fliperama com propagandas dos jogos citados, existe também uma pequena interatividade que ao colocar uma ficha o jogador consegue ouvir a trilha sonora própria do jogo que está na máquina.

Todo o jogo também possui suporte para o idioma português, onde os textos, legendas e até as mensagens dos biscoitos da sorte (sim eles estão presentes para dar alguma porcentagem de energia) são traduzidos para o nosso idioma, a absorção da história chega a ser muito legal e fora que os diálogos do Lo Wang e a história dos deuses contados durante o jogo ganham um aproveitamento bem maior.

Talvez a parte mais complexa seja a árvore de habilidades. Desta vez Lo Wang não é um cara que sabe tudo sobre golpes e finalizações, ele precisa aprender pouco a pouco novas técnicas de combate, resistência a dor e demais outras técnicas de feng shui que facilitam o bom uso dos golpes ágeis do personagem. Pelas fases existem objetos para coletar, como dinheiro para usar e destravar novas funções das armas e ao eliminar os inimigos, Lo Wang absorve pontos de Karma que são trocados por novas habilidades.

Tem também os cristais de Ki que também desbloqueiam habilidades especiais para o uso da katana e que faz o personagem realizar combos na hora dos combates. Realmente esse reboot fez o personagem ser mais ninja do que um “Duke Nukem oriental” e sem deixar de lado o jeitão badass oldschool.

 

016- Dead Island
Ano de lançamento: 2011. Disponível para: PC, MAC, PS3, Xbox 360, Linux.

Não é difícil olhar para este jogo e sentir uma leve aproximação com Left 4 Dead, só que esse pensamento é desintegrado da mente a partir do momento em que você começa a jogar. Uma dica para quem for se aventurar em Dead Island é, não ir sozinho.

O jogo possui um sistema de multiplayer cooperativo para até 4 jogadores e que faz dele ser mais divertido ao jogar em grupo do que enfrentar tudo no modo “forever alone”.

Para explicar melhor a diferença dele e ver que não existe relação entre este jogo da Techland e o jogo da Valve, é assim: O esquema do Left 4 Dead é ir para frente e chegar até a zona de refúgio, pronto, passou de fase, tudo é bem mais rápido no título da Valve.

Dead Island consegue ter um conteúdo mais complexo (isso não quer dizer que um é melhor que outro), porque ele tenta ser um RPG de sobrevivência, o enredo acontece em uma ilha, o visual é bem bonito por sinal, cheio de detalhes e a ilha toda está infectada por um vírus que transformou todos em zumbis, existem espalhados de costa a costa vários NPCs e cada um tem sua própria história. São 4 personagens todos desconhecidos que acabaram juntando-se para escapar do local.

Cada NPC tem suas próprias missões que o jogador coleta para ajudar os sobreviventes no intuito de ganhar confiança das pessoas enquanto abre caminho para fugir da ilha. Mesmo que a Techland tenha colocado tanta informação no jogo e tornado ele mais trabalhoso, ao mesmo tempo ele se torna cansativo se jogar sozinho. Existe ainda um sistema de criação de armas com direito a mod para incrementar suas criações, bem no estilo Dead Rising 2.

Cada zumbi morto gera pontos de XP, seu level aumenta e você troca esses pontos de level por novas habilidades na árvore de skills. É um jogo longo, são 4 partes e mais de 15 capítulos, e logo que começa um novo capítulo aparece uma cutscene. Os personagens não são carismáticos e eles possuem um olhar de peixe morto como se tivessem sofrido uma lobotomia e diálogos de “novela mexicana”.

Uma situação complicada é a existência de bugs que podem deletar o seu save mas dá para reverter isso, existe uma opção onde você pode escolher entre guardar o save em modo online ou guardar o save em seu PC, escolha esta última opção e você não vai se preocupar em de repente ter o save deletado, ninguém merece chegar até o Capítulo 12 e ter que refazer tudo de novo.

A jogatina aconteceu em dupla, meu brother BCP e eu, jogamos por 17 dias e foi muito legal o speedrun, dando risada o tempo todo das várias situações que aconteciam durante o jogo. Próxima parada é o Dead Island: Riptide enquanto não vem o Dead Island 2, acredito que a Techland deva ter arrumado muita coisa para o próximo jogo e curiosidade é o que não falta, se a softhouse manter essa facilidade de jogar em modo cooperativo, vai valer a pena.

 

017- Grid 2
Ano de lançamento: 2013-2014. Disponível para: PC, PS3, Xbox 360, MAC.

Para falar do Grid 2 vou começar pelo detalhe mais legal, ele é todo dublado e legendado em português, o jogo possui um ambiente tão receptivo que faz você não querer mais sair. O enredo deste jogo é você ser o piloto mais famoso da WSR, um evento organizado pela ESPN.

São 5 temporadas e mais de 100 corridas de vários estilos com carros reais e localidades de extrair seu lado piloto de provas com percursos em Dubai, Chicago, França e tudo muito bem detalhado. As pessoas que ficam nos arredores das pistas como expectadores não são apenas “bonequinhos de papel”, se você passa com o carro meio perto das bordas, esses espectadores tentam até passar a mão no carro, como se fosse um evento real mesmo.

Durante a corrida, os criadores colocaram um lance bem interessante chamado “flashback” você tem um limite de “5 flashbacks” que se você erra uma curva ou bate com tudo em alguma parede, basta apertar o comando específico e a corrida é rebobinada para momentos antes do acidente ou falha no percurso, você mesmo escolhe o ponto que deseja retomar, como se fosse um “Prince of Persia: Sands of Time”. Claro que se gastar tudo e depois der alguma bobeira na corrida, já era mesmo e terá que reiniciar o evento.

Outra coisa interessante é quando você embarca em um evento que possui 3 ou 4 corridas consecutivas, de repente você precisa sair porque precisou fazer alguma coisa na rua ou parar porque precisa dormir para ir trabalhar, você consegue “salvar e sair” e quando você volta para jogar, retoma da última corrida que parou.

É um jogo que entende que você tem outras coisas para fazer também. O jogo consegue ser tão divertido quanto jogar os três Top Gears do Super Nintendo.

A dublagem do narrador que é o seu “empresário” ele acredita em você como, campeão ou campeã, e possui uma voz muito agradável de ouvir. Ao entrar no jogo o narrador diz “que bom que você voltou, precisamos nos preparar para a próxima corrida” e os diálogos não são repetitivos e nem enjoativos.

Durante a corrida são outras frases como “aquele alí é o corredor tal, você precisa ficar de olho nele se quiser vencer esta corrida” se você para o carro na pista vem a frase “ei você está aí? Vamos correr!” Se você bate o carro de uma forma muito brusca vem outra frase “você está tentando destruir o carro?” São apenas exemplos das dezenas de diálogos muito bem elaborados e que aparecem na hora certa.

O interessante dele é que todo o ambiente do enredo consegue ser o mais atual possível, ao vencer os torneios seu nome aparece de forma fictícia em sites e jornais e tudo o que é feito faz você ganhar fãs. Além dos desafios de vencer as corridas, temos os desafios dos patrocinadores que acontece durante a corrida como um “objetivo secundário”.

E tem ainda os desafios por carros, que você desbloqueia mais de 40 carros, isso é legal. Existe um leaderboard que exibe o nome dos seus contatos que também possuem o jogo e isso faz com que todos os tempos garantidos durante as corridas entrem e fique gravado nesse quadro.

Agora o mais interessante é que além do modo single player, existe um ambiente online que funciona numa espécie de MMO Racing, aí é tudo diferente, e nada do que você faz no ambiente online afeta a sua jogatina solo, ou seja, cansou de jogar sozinho? Aventure-se no ambiente online e tente vencer os adversários reais, o ambiente online é muito fácil juntar também amigos para competir em corridas.

Se você procura um jogo de corrida bem legal com clima atual para curtir no PC ou até mesmo no console, vale a pena investir no Grid 2, existe a versão Grid 2 Reloaded Edition que vem com carros que não aparecem na versão matriz, mesmo que as pessoas tenham versões diferentes podem jogar juntas sem problema algum.


 

E a 4ª edição do MeMe Gamer pelo Blog MarvoxBrasil fica por aqui. Agora o Blog entra em férias, mas as atualizações não param. Em 2015 teremos novas análises, detonados em vídeos pelo Start Again e muito mais. Desejo à todos os gamers do Brasil um próspero e gamístico ano de 2015.

Abaixo tem a lista dos participantes, acessem todos para saber o que cada um jogou durante 2014 e como dito antes, participe que ainda dá tempo. Basta escrever um texto sobre o que você jogou ou utilize as redes de fotos como Instagram, por exemplo, e poste uma foto no período de 7 dias comentando sobre o que você curtiu durante o ano no console, PC, portátil, e onde mais você conseguir jogar, afinal, a diversão quem faz é você.

Grande abraço à todos os amigos e parceiros e que venha 2015. Até a próxima!

Vão Jogar! (Tchulanguero)
Vão Jogar! (Sucodelarangela)
Vão Jogar! (João Roberto)
Vão Jogar! (Somari)
Gamer Caduco
QG Master (Adinan)
Arquivos do Woo
New Old Players
Awesome Games
Santuário do Mestre Ryu
SHUGAMES
Videogames com Cerveja
Baú Nerd

5 Comments

  1. Ae, agora sim! Tava faltando a sua! Vou até atualizar a lista lá no blog!
    Legal, não sabia que teve mais de 40 sites participantes ao longo do tempo. Esse com certeza é o Meme mais legal que tem na nossa comunidade gamer! \o/
    2014 foi o ano do tiro pra vc, hein? huahuauha… bastante jogo com tiroteio, seja contra quem for e na perspectiva que for.
    Comentando os jogos:
    – FarCry 3: eu fujo da franquia, não sei pq não consigo me interessar, mas agora com seu post que fiquei sabendo melhor da história eu cheguei a cogitar encarar um dia, mas… não farei! hehe. Jogo muito aberto assim pra mim é um pesadelo, é fácil eu ficar preso nele durante meses e não jogar mais nada. Talvez o modo multiplayer me fizesse ter mais foco, mas sei lá, tenho receio também de atacar a Motion Sickness igual acontece em outros jogos em primeira pessoa.
    – Serious Sam 3: nunca tinha lido ou visto nada a respeito da franquia, do jeito que vc falou ela parece bem legal pelo desafio… e pelo fato de ter uma pegada mais Doom/Quake do que os jogos de tiro mais modernos, pelo que vi aqui. Vou considerar encarar algum jogo da série algum dia. Gostei!
    – Aritana: nem preciso dizer de novo que estou interessado em conhecer, né? É bem provável que jogue em 2015. E faz tempo mesmo que não termino algo em uma tarde, hein? hehehe
    – Dead Space 2: não sabia dessa sobre a franquia, do jogo exclusivo pra Wii e tal. Minha experiência com a série foi 1 hora jogando o primeiro jogo durante o Free-Trial oferecido no PS3 pra quem é assinante da PS Plus, achei o jogo bem bacana! Pra chegar no 2 ainda tenho que terminar o 1, mas bom saber que ele traz melhorias.
    – Max Payne 3: essa é uma série que não desperta em nada minha curiosidade. Não é meu tipo de jogo… hehe. Esse eu passo!
    – LA Noire: não consigo decidir se jogo ou não esse jogo um dia… kkk. Essa de pular a ação eu não sabia, me desanimou um bocado.
    – Tomb Raider: pretendo jogar em 2015, o pouco que vi achei espetacular! Pelo seu texto, creio que vc também achou! hehe
    – I Am Alive: joguei a demo deste jogo e não consigo me lembrar direito dele, acho que não me marcou tanto ou eu testei muito às pressas. Gostei do termo “Choplifter terrestre”, me trouxe memórias do clássico. Depois dessa posso tentar encarar o jogo com outros olhos! rs
    – Outlast/Whistleblower: nunca joguei Outlast, eu que detesto levar susto não sei se vou conseguir me divertir com ele… hahahaha. Mas pelo visto ele é bem competente no que propõe, que é justamente dar sustos. Eu hein?
    – Betrayer: nossa, parece bem legal esse jogo, visualmente lembra mesmo MadWorld (que é outro jogo que preciso encarar pra valer algum dia… ô falta de tempo). Só o termo “mundo aberto” que me assusta um pouco, como já falei lá em cima.
    – Year Walk: jogo de 2 horas de duração? Interessante! Com história que parece consistente, já que é baseada em um folclore… é, fiquei interessado! Ótima dica!
    – Wolfenstein: eu só consigo gostar do clássico. Inclusive é um dos poucos FPSs que consigo me divertir pra valer! Esse novo eu li a respeito e só fiquei cismado com o fato de ter todo esse stealth envolvido que vc também mencionou, eu perco a paciência muito rápido com jogabilidade assim. Mas não sabia dessa do Easter Egg e o vídeo que não sei se é trailer ou abertura que aparece um árbitro matando o Pelé eu achei muito foda! hahahaha
    – Gone Home: poxa, pareceu interessante. Vou considerar jogá-lo no Wii U quando for lançado!
    – Zombie Driver: esse eu acho que vou pular também, mesmo custando tão pouco! hehe
    – Shadow Warrior: não joguei o antigo, não sei se jogaria o novo. Mas batalha contra chefes gigantes em um jogo de tiro parece algo insanamente legal! hehe
    – Dead Island: tentei jogar com amigos e com menos de 20 minutos já queria colocar tudo que tinha no estômago pra fora. A movimentação desse jogo me faz um mal danado. E eu não me empolguei muito com ele pra ser sincero. Mesmo em multiplayer. Acho que o problema maior foi o enjôo mesmo, se não fosse por isso eu tentaria continuar.
    – Grid 2: este jogo ficou bem diferente do restante da lista… hehehe. Nunca joguei Grid, mas me parece interessante. Só o lance de rebobinar que me incomoda um pouco, vi algo similar no F1 2012 (se não me engano) e não gostei.

    Ufa, acho que comentei todos! hahaha!

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