Na semana passada iniciamos aqui no Blog MarvoxBrasil a série – Tributo ao F.P.S. com a ideia de fazer um especial sobre este aclamado gênero e peguei do meu arquivo pessoal, jogos com essa linhagem entre 1992 e 1999 onde cada jogo trazia ideias interessantes que fugiam da receita dos aclamados Wolfenstein 3D, Doom e Duke Nukem 3D.
O motivo de pegar esse período é a oportunidade para revermos aquele momento em que o First Person Shooter estava em seu começo. Durante os anos 90 e após a vinda de Wolfenstein 3D e Doom, começavam a surgir diversos estúdios que traziam suas ideias, e cada jogo oferecia um desafio diferente.
No Brasil muitos desses jogos nem sequer foram vendidos oficialmente, e graças as revistas de PC da época que eram poucas mas existiam, como: CD Expert e Revista Senha PC dentre outras revistas do gênero vendidas em bancas de jornais, as pessoas conseguiam ter algum tipo de contato com esses jogos, mesmo que eles estivessem em versões de Demonstração chamados também de Shareware.
Só depois, no fim dos anos 90 é que muitos desses jogos vieram completos, como por exemplo, Duke Nukem 3D Atomic Edition que trazia 4 episódios e foi trazido para o Brasil pela primeira vez pela Revista Senha PC Nº 1.
Vamos curtir então a segunda parte do Tributo ao F.P.S
Começa agora o TRIBUTO AO F.P.S – PARTE 2.
Quem lembra do ano de 1997? Ah! Claro que vocês vão lembrar, querem ver?
– Para os gamers de PlayStation foi o ano do lançamento do primeiro Gran Turismo.
– Para os gamers de Nintendo 64 foi o ano em que 007 Goldeneye apareceu para ser até hoje o mais aclamado game de F.P.S com o agente secreto mais famoso do mundo.
E hoje vou falar de… Chasm: The Rift.
Ficha Técnica:
Título – Chasm: The Rift Desenvolvedor: Action Forms Ltda Publisher: MegaMedia Corp Ano de lançamento: 1997
Curiosidade: O jogo utiliza a mesma engine do primeiro Quake(1996), os gráficos são iguais. A grande diferença está na dificuldade. Se você achava Quake difícil, este é o dobro da dificuldade.
Para jogar Chasm: The Rift hoje – só é possível com a ajuda do DOS-BOX, infelizmente o jogo não está disponível nas principais lojas digitais (Steam ou GOG).
Quake nos Estados Unidos e Chasm na Alemanha: No PC, uma produtora alemã decidiu criar um novo game do gênero F.P.S. Novo? Parecia impossível, porque 97 foi o ano de lançamentos muito parecidos. Alguns foram cópias descaradas de jogos famosos. Mas este mostrou-se único para a época. A produtora Action Forms em parceria com a MegaMedia foram até a Id Software pedir emprestada a engine de Quake. Levaram para a Alemanha e lá produziram Chasm The Rift. Um jogo de ótima qualidade que você, internauta, vai acompanhar como foi esse jogo.
Essa é a capa do jogo. Chasm The Rift, uma criação alemã, criada com a mesma engine de Quake, em 1997.
Acesse a galeria de imagens com detalhes e algumas informações sobre o jogo Chasm: The Rift.
Essa é a capa do jogo. Chasm The Rift, uma criação alemã, criada com a mesma engine de Quake, em 1997.
No jogo vemos chuva caindo, a arma tinha um visual muito bonito porque usava e abusava do esquema VESA 2.0 (que fazia o jogo perder o visual serrilhado que viamos nos primeiros DOOM), E o melhor, as luzes nos postes realmente iluminavam o local e ao atirar contra a luz, o local do poste ficava escuro.
Nos cenários podemos encontrar, ídolos de pedra.
Os inimigos são únicos. Este por exemplo, com o capuz na cabeça arremessa machados contra você.
Vemos também zumbis. E o esquema para matá-los é explodir ou arrancar a cabeça.
Os cenários mostram também um clima de violência com inimigos pendurados pelo tórax. Crueldade máxima em uma época em que games não tinham classificação etária, ainda.
Um ponto engraçado é esta arma que vemos na foto. Ela é muito parecida com uma arma do primeiro Unreal, também para PC. Se Chasm foi lançado em 1997, e Unreal em 1998, quem copiou quem?
Todo jogo de F.P.S tem que ter algum item que aumenta a energia do personagem para 200%.
Chasm tem vários objetos para coletar durante o jogo que aumentam a ação do jogo. Este por exemplo é um escudo refletor. Qualquer inimigo que atirar contra o jogador enquanto estiver com o escudo, este inimigo será acertado com o próprio tiro. Sensacional!
Ao invés de botões para apertar no fim de cada level, temos portais dimensionais.
Nem sempre chaves abrem as portas. Às vezes devemos encontrar objetos dos mais diferentes formatos.
Aqui vemos a Esfinge. Ao destruir a Esfinge, um guardião aparece para impedí-lo de prosseguir no jogo.
Os chefes são muito fortes e com apenas um golpe podem acabar com o jogador.
O inimigo mais sensacional é este, que também aparece na capa do jogo. O Joker. Apesar do nome, este inimigo é muito perigoso. Ele arremessa serras em formato de disco.
Aqui vemos um cenário medieval. O personagem viaja pelo tempo.
O sensacional de Chasm é a possibilidade de desmembrar os inimigos. Isso mesmo, desmembrar. Você pode dar um tiro no braço, um tiro na perna e o inimigo tenta de alguma forma golpeá-lo com o que resta do corpo. Claro que ao atirar e arrancar a cabeça, o inimigo perde todas as chances. Para a época foi o auge, nunca tinha aparecido um FPS onde os inimigos perdem partes do corpo. E até hoje, é difícil ver essa idéia por aí.
Como se não bastasse o cão-demônio em DOOM, aqui em Chasm temos javalís raivosos.
Não era difícil ver imagens de capelas, igrejas e crucifíxos em games de PC, principalmente em FPS.
Cemitérios também são cenários em Chasm.
O melhor em Chasm são os Chefes. Não adianta tentar detonar os chefes apenas com tiros das suas armas mais poderosas. Nesta hora o que vale é o raciocínio que o cenário disponibiliza. Afinal, durante os levels você já atira para tudo que é lado.
Em Chasm armadilha é o que não falta. Como vemos na foto. Vemos uma câmara com sangue no chão e parede. Lá no fundo um item muito valioso, uma armadura para dar 200% ao jogador. Se o jogador não pegar rapidamente dois pilares de espetos aparecem para esmagar.
Se o jogador não pegar rapidamente dois pilares de espetos aparecem para esmagar.
No final encontramos a raíz de todo o problema. Como se não bastasse a comparação com Quake, o último chefe também é parecido. Aqui temos que entrar dentro deste bichão cheio de tentáculos e que solta um grito irritante.
Aqui é o interior do bicho que vimos na foto anterior. O objetivo é destruir o coração do bicho.
Aqui vemos o bicho derrotado. Se repararmos no texto final e prestarmos atenção na última parte: This the end or just the beginning? (isto é o fim ou apenas o começo? – no português).
Sim pessoal, o jogo tem uma continuação. Só que lamentamos muito em dizer que a continuação………… existe!!!! E conseguimos jogar.
Chasm The Rift: Mission Pack
Sim, a continuação acontece no primeiro e único pacote de missões lançados para este jogo. Na continuação temos mais três levels para enfrentar. Aqui, finalmente sabemos quem é o verdadeiro chefe do jogo e acreditem, o final realmente tem cara de final.
O primeiro level do Mission Pack de Chasm começamos em meio a um forte de madeira e o clima é frio. A chuva que vimos na primeira fase do jogo normal foi transformada em neve.
Temos novos inimigos, este por exemplo carrega uma lança na mão.
Este outro usa uma besta (arco que funciona com gatilho).
Ao chegar em um ponto do level avistamos uma fortaleza com cara de castelo e todo iluminado com luzes verdes. Podemos agora entender porque os portais dimensionais é de cor verde.
Ponto de curiosidade nesta parte, vemos inimigos dentro de tubos com água. Uma espécie de laboratório de pesquisas. O mais interessante é que laboratórios como este que vemos na foto só vão aparecer em DOOM 3 (2003). Quem lembra do laboratório que aprisionava os demônios?
Finalmente encontramos o Lord da Fortaleza e dos portais dimensionais. Não se enganem pelo fato deste chefão ficar sentado no trono o tempo todo. Não adianta atirar nele pois suas armas, inclusive a mais poderosa não surtem efeito.
Para derrotá-lo precisamos encontrar dentro da fortaleza o escudo refletor.
Com o escudo protegendo o jogador, encare o Lord como um verdadeiro macho. O Lord arremessará um poderoso raio. Para o azar do Lord, este mesmo raio rebaterá contra ele mesmo.
O jogo finalmente termina.
No Canal Jornada Gamer, pelo YouTube, todos os meses trazemos diversos jogos completos para quem quiser rever ou conhecer, você pode assistir na íntegra o percurso deste jogo Chasm: The Rift e também a DLC Mission Pack.
Trabalho sensacional que você faz nesse blog. Muito bem descrio o Chasm: The Rift. Joguei ele depois de 2000, pq tinha lido numa revista que era bom. Realmente um jogão para sua época, mas que continua divertido até hoje. unica coisa ruim é que que fiquei meio tonto jogando em certas partes!! Mas certamente, muito original, apesar da engine de quake ser a mesma e algumas coisas iguais, todo o resto parece que tem alma própria.
ñ conhecia, conheci pelo MarvoxBrasil, baixei e gostei! o jogo é muito bom! os gráficos (cenários e inimigos) são bem bacanas mesmo.
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Sweet web site, I hadn’t come across marvoxbrasil.wordpress.com before during my searches!
Continue the good work!
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E ai cara!
Ri muito do “Será o castelo de Greyskull???”
HAUHAUAHAU
Trabalho sensacional que você faz nesse blog. Muito bem descrio o Chasm: The Rift. Joguei ele depois de 2000, pq tinha lido numa revista que era bom. Realmente um jogão para sua época, mas que continua divertido até hoje. unica coisa ruim é que que fiquei meio tonto jogando em certas partes!! Mas certamente, muito original, apesar da engine de quake ser a mesma e algumas coisas iguais, todo o resto parece que tem alma própria.
falow!
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